22 de fevereiro de 2014

Arquivo das Almas [Amazônia] - Paul Fabien



    Muito bem, e depois de tanto tempo sem publicar resenha alguma eu finalmente volto com uma super-resenha para vocês, leitores. Meu último livro resenhado foi A Decisão, que é o primeiro da saga Escrito Sob Fogo e Sangue, da nossa autora parceira Adrieni Yassine. Aliás, A Decisão está no sorteio do nosso blog [se não deu uma passada no post para ver e participar, melhor correr, porque são sete livros - leia as regras].

    Uma coincidência enorme, porque além de Arquivo das Almas ser do nosso autor parceiro Paul Fabien, ele também está no sorteio. E, leiam bem o que eu vou escrever agora, melhor participar mesmo porque não tem como deixar de lado a leitura de "Amazônia - Arquivo das Almas".


    "Em um futuro não muito distante um casal de oficiais, Vitã e Helena, participam de várias campanhas militares. Em todas as oportunidades lutam para defender a grande floresta Amazônica. Eles não imaginam que uma nova missão irá lançá-los na mais espetacular e perigosa das aventuras. O grande enigma começaria dentro da Amazônia, um lugar inóspito e assustador repleto de mistérios e grandes perigos.

    Após vários confrontos se deparam com as cavernas de Abissínia, na Colômbia, onde encontram a origem do verdadeiro mal e descobrem antigos segredos gravados em inscrições cuneiformes, registradas por outras civilizações pré-diluvianas.

    Esta obra apresenta um incrível e surpreendente relato repleto de ação e mistérios, mais intrigante do que qualquer ser humano possa imaginar."

Ano: 2013
Editora: Isis
Edição: 1ª.


    O livro, como pudemos ler na sinopse, tem como protagonistas os oficiais da aeronáutica Vitã e Helena. Os dois se localizam num futuro não tão distante assim, aparentemente normal, onde a tecnologia domina os estados brasileiros e fez surgirem Bases de Controle em muitas áreas do Brasil, nas quais trabalham os oficiais, cientistas e até pessoas do governo.

   Durante o livro, acompanhamos Helena e Vitã, dois majores inteligentes e corajosos, em uma missão secreta que tem como objetivo descobrir o que, diabos, está acontecendo em Japurá, na Amazônia. Aparentemente, algo muito estranho está tomando conta da Amazônia e eles precisam verificar secretamente, exatamente como espiões.

    Ao mesmo tempo, acompanhamos algo terrível no Oriente Médio: um suposto Imperador do Mal das arábias está tomando o povo como escravos. Por quê? O que ele pretende com os escravos? O que ele realmente quer?

    E, principalmente, será que ele tem alguma ligação com as coisas misteriosas que andam acontecendo na Amazônia? Isso, só Vitã e Helena podem descobrir.



    O livro é todo escrito em terceira pessoa, com especificamente três narradores diferentes. Entretanto, ele não é dividido em Pontos de Vista, como acontece, por exemplo, em A Guerra dos Tronos [primeiro livro de As Crônicas de Gelo e Fogo], na qual lemos o nome do narrador e podemos nos preparar para sua narrativa tão peculiar. Na realidade, o Paul simplesmente muda de Ponto de Vista a seu bel prazer, conforme ele pensa que será melhor para o entendimento da história e para deixar as coisas mais misteriosas ainda. É bem interessante, e eu gostei muito.

    Outra coisa realmente muito... Adorável na forma como Paul escreve são os cenários e os detalhes. Ele não é um daqueles autores que demoram anos e anos para descrever uma mesa, mas também não é daqueles autores que simplesmente dizem o que há no cômodo e esquecem o que está ao redor. Muito pelo contrário! Quando estamos na Amazônia, com Vitã e Helena, o Paul nos mostra toda a rede de ecossistemas, e os animais, e as plantas. Mas não é de uma maneira monótona e "preto e branco" ("ali havia uma onça que comia um bicho"), ele mostra tudo como se realmente estivéssemos na Amazônia, como se os animais estivessem vivos, com o cheiro de fato saindo do livro, e a chuva... É incrível.

    E como uma futura bióloga, eu simplesmente não poderia ignorar toda essa incrível "ambientação" do ecossistema, dando uma cara muito mais realista à narrativa e ao cenário da Amazônia.

    Aliás, ambientação é a palavra que define muitos dos cenários escritos no livro!

    Uau, o que falar sobre as cenas nas bases tecnológicas? Ou simplesmente nas partes em que os majores estavam no superavião/caça/mega incrível nave voadora, o SIB-41? Na primeira vez em que "me vi" dentro das bases - porque ele consegue transmitir a sensação de estarmos nos seus cenários - eu fiquei boquiaberta observando toda a tecnologia que cerca os oficiais, com as vozes tecnológicas e as armas, e as portas que se fecham automaticamente, os elevadores com inteligência artificial... Aliás, e os Sistemas Operacionais Inteligentes?

    O mais interessante disso tudo é que a maneira como Paul Fabien escreveu não deixou a parte tecnológica "ridicula" ou "falsa". Na realidade, quando lemos as falas dos Sistemas Operacionais e do SIB-41 (sim, o avião fala com eles porque é artificialmente inteligente), ficamos com a sensação de que aquilo é uma máquina sim! As falas, os procedimentos que o SIB toma, as atualizações do sistema... É tudo maravilhosamente incrível, espetacularmente verídico.


    Aproveitando o link de veracidade, preciso falar sobre essa habilidade para escrever tudo como se fosse um incrível filme do Stephen Spielberg, com explosões, atores Hollywoodianos e muitos efeitos especiais. Não falo somente pelas cenas aéreas, com perseguições de caças tecnológicos, mísseis voando para todos os lados e manobras simplesmente FANTÁSTICAS, mas também sobre as armas que os majores usam - uma mistura de tecnologia com elegância e beleza sem igual - e as próprias roupas de Helena e Vitã.

    É cada mínimo detalhe que me faz pensar que estive lendo um dos novos roteiros para um dos filmes de "O Vingador do Futuro" ou então para outra obra de arte desse gênero.

    Claro que não podemos deixar de falar da parte mais importante (além de todas essas) que foram os dois motivos para eu me interessar tanto pela leitura: o enredo muito bem planejado - e surpreendente - e a capa!

    O que uma bela capa não faz, não é mesmo? Isso é um verdadeiro perigo! Ontem mesmo, relendo Jogos Vorazes, eu estava refletindo sobre "Os Perigos de uma Capa Linda, Letras Chamativas e um Bom Slogan" (e o slogan de Jogos Vorazes, todos sabemos, é nada mais, nada menos que perfeito. Não tem mais o que falar sobre ele, só que é tão perfeito que qualquer um sente vontade de ler), e me dei conta de que essas três partes do livro são até mais importantes do que a sinopse ou algo do gênero. A sinopse, claro, dá um toque a mais no leitor e sua vontade de ler aumenta, mas se tivermos uma capa chamativa, bonita e talvez até impactante, ou sutil (como é o caso de Jogos Vorazes), com letras bem posicionadas, com uma cor forte e uma fonte boa... Não tem como não ter sua atenção sugada para outro lugar, que não o livro. E, automaticamente, a pessoa pegará aquele exemplar e se interessará em ler a sinopse e o slogan.

    É o que aconteceu com este livro, Amazônia - Arquivo das Almas. A capa é uma das mais bonitas que eu já vi em toda a minha vida (perdendo somente para A Maldição do Tigre, primeiro livro da saga. E, convenhamos, há capa mais bonita que essa?), e acreditem quando digo que não é exagero e nem falo isso porque o Paul é nosso parceiro (porque, sinceramente, se for para criticar, eu critico mesmo), mas porque a capa é linda. A mistura de cores, o desenho, o ambiente que é representado.... Não tem como não ficar hipnotizado. E as letras do título... É engraçado, porque me lembraram um pouquinho as letras de A Guerra dos Tronos, porque tem mais ou menos a mesma fonte e a mesma estrutura (com a diferença que a fonte maior fica para o sobrenome do George R. R. Martin, e bem pequeno está o título do livro).

    E quando eu comecei a ler a história... Foi impossível não continuar. O Paul escreve entrelaçando os parágrafos, um dá continuidade ao outro - um fato que eu gosto bastante! - e quando você vê.... Já está na metade do livro! O enredo é muito bom, de verdade.

(um pedacinho da capa para vocês. Linda, não?)

    Entretanto, a minha edição (a primeira) veio com alguns erros de digitação. São coisas bobas, como um travessão onde não deveria estar, ou a falta dele, e algumas palavras faltando o 'r' ou 's' finais, mas nada que deprecie a leitura - se fosse algo que tirasse nossa atenção, eu nem teria terminado de ler o livro. Podem acreditar, odeio coisas escritas de modo errado (eu era corretora num site de fanfics. Fico agoniada com essas coisas ahhaha).

    Mas o Paul me garantiu que a segunda edição do livro está toda concertada, sem erros algum. Então, fico menos ""preocupada"" e garanto que vocês todos irão amar a história de aventura de Vitã e Helena, contra todos esses mistérios que rondam a Amazônia de daqui a alguns anos e também esse tal Imperador do Oriente Médio.

    Espero que tenham se interessado pelo livro, porque ele de fato é bom e nos vemos em breve, trazendo outras resenhas para vocês (quem sabe não venho com uma A Lista de Schindler, do Mietek Pemper?)

Para quem quiser saber mais sobre o autor, Paul Fabien, basta acessar o link sobre sua parceria aqui no blog. Lá tem os links do livro no facebook, o site do livro... E várias informações interessantes sobre ele.

    Até a próxima!

Ana :DD

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